Suas vestes de árvores faias recobrem seus seios que nutriu por centenas de anos, homens de tão severas formas nas quais mutilaram-na. As minas que fora explorada secaram-nas, mas teimosamente ela se entroniza, percorre por entre os lençóis de água que correm nas profundezas de suas veias. Caminha aos densos gêiseres e recria a sua própria cura, oferece dela o milagre, abençoa as mãos que se estendem e libertam de suas prisões imaginárias, das suas ingenuidades, de seus mundos de dores, aflições e medos.
Cultuada por milhões de anos com a sua verdadeira face, a face oculta que ficou cravada num seixo onde fora cultuada por pregações como a pedra pagã. A religião livre tornara-se cultos profanos e os alces com os seus enormes chifres deixaram de ser o habitante da ilha antiga, trocado por fantasiosas sombras demoníacas. O véu da magia corria por todos os lugares, mas corria do lado errado.
O feminino libertino pagão foi transferido como rebeldia, a natureza não podia ser cultuada pela mulher num sintoma dela encaixar os segredos recebidos, sua fertilidade em expelir seres saudáveis e reverenciados ao sol e a lua, a natureza rústica, a originalidade abstrata da sua natureza forte, imponderada, não dominável, resistente, o canto assoviado debaixo dos carvalhos e faias que os deixava incertos por uma ascendência secreta. O poder que não conseguiam dominar, isso tinha que desacelerar, tinham que frear. Ela com seus pés fincados na sabedoria milenar doava aos homens que a devotavam, construir para o seu próprio império, a sua fortaleza de conhecimento, e ser altruísta era necessidade biológica.
Brighid quer reconstruir seu legado, ela é o novo mundo. — E, o que ela arrastará para esse mundo em transformação? — Quer ser parte desse legado?
LIVRO EM CONSTRUÇÃO...
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