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Os nove círculos completados, as nove escadas subterrâneas, os nove degraus no inferno, estando eu lá para recebe-los. Não importa o que fizeram, se foram bons, ruins, devotos. É para lá que irão, antes de seguir por outra passagem. Porém, essa trilha estreita só é informada quando secretamente ouvires a voz que ressoará após a morte.
Levará a minha voz para muito longe, estará ouvindo-me até que passe os limites da carne. E, esse limite se dá ao trabalho penoso de minhas mãos.
O inferno é o meu paraíso e o lugar da purificação das almas. Lá eu lapido, moldo e encerro, enquanto que dormem o sono terno e profundo.
Estou sempre senil, ultrajada, decrépita e nostálgica esperando descer o tão obstinado degrau.
Comprazem-me em dar-me louvores, injúrias, perjuras, mas no final da intensa dor dilacerante que sentem, aliviam-se, consomem-se em lamúrias, tristezas, sofrimentos, e, de certa forma, comemoram-me com lágrimas silenciosas e tímidas, alimentam-me.
Sou a parte penetrante do inconsciente da natureza, sou o isolamento profundo e inevitável onde a parte do todo que deixou a vida torna-se em parte minha obra prima. Sou a parte que foi reservado dos deuses, a parte que movimenta as vísceras, que corrói os detritos, que destemidamente apodrece a carne, que dissolve o insolúvel, que manifesta e sobretudo, se enfesta de retrocesso em ambas as partes que antes unidas, agora se desatam.
Levará a minha voz para muito longe, estará ouvindo-me até que passe os limites da carne. E, esse limite se dá ao trabalho penoso de minhas mãos.
O inferno é o meu paraíso e o lugar da purificação das almas. Lá eu lapido, moldo e encerro, enquanto que dormem o sono terno e profundo.
Estou sempre senil, ultrajada, decrépita e nostálgica esperando descer o tão obstinado degrau.
Comprazem-me em dar-me louvores, injúrias, perjuras, mas no final da intensa dor dilacerante que sentem, aliviam-se, consomem-se em lamúrias, tristezas, sofrimentos, e, de certa forma, comemoram-me com lágrimas silenciosas e tímidas, alimentam-me.
Sou a parte penetrante do inconsciente da natureza, sou o isolamento profundo e inevitável onde a parte do todo que deixou a vida torna-se em parte minha obra prima. Sou a parte que foi reservado dos deuses, a parte que movimenta as vísceras, que corrói os detritos, que destemidamente apodrece a carne, que dissolve o insolúvel, que manifesta e sobretudo, se enfesta de retrocesso em ambas as partes que antes unidas, agora se desatam.
Jaz corroído pela traça que aos poucos consome e que por retrocesso vive nos detritos delas. Sendo e contendo em parte dos detritos irá então, nutrir as ervas que teimosamente se erguem nos frisos sepultais.
Lá, verde como o lodo que o rodeia reage aos ventos tempestuosos, alimentam insetos que polinizam flores e que distante dali alimentam outros insetos que levam resíduos de seres que outrora habitavam lugares.
Em mentes que vivem os universos secretos, deixam obsoletos os paraísos e os infernos, onde seus possuidores libertam seus deuses ou seus demônios. Pois, em cada paraíso ou em cada inferno na qual fora libertos seus deuses, deixa-os altruístas, filantropos e nobres. Mas, onde fora desperto os demônios dominantes de cada mente perversa deixa-os abarrotados em seus egoísmos, altivez, avarentos e corruptos. Porque mesmo nesse universo secreto de cada um, purga em si a sua mais profunda versão da verdade e nela está engendrado o DNA incorruptível de sua essência. E, mesmo sem a sensatez do que o mostra ele apenas difere ao outro a sua impressão do que és.
Hella busca em seu mais profundo abismo, de ilusões, de fantasias ou de realidade absoluta, traz para fora como efeito do contraste. Elimina tudo que pode atrapalhar na passagem, liberta das amarras da vida, encoraja-o a seguir mesmo que o próximo passo seja o passo decisivo, o abismo, o Duat. A espera pelo julgamento, a esperança pela viagem do sol de Oeste ao Leste, a purgação.
Lá, verde como o lodo que o rodeia reage aos ventos tempestuosos, alimentam insetos que polinizam flores e que distante dali alimentam outros insetos que levam resíduos de seres que outrora habitavam lugares.
Em mentes que vivem os universos secretos, deixam obsoletos os paraísos e os infernos, onde seus possuidores libertam seus deuses ou seus demônios. Pois, em cada paraíso ou em cada inferno na qual fora libertos seus deuses, deixa-os altruístas, filantropos e nobres. Mas, onde fora desperto os demônios dominantes de cada mente perversa deixa-os abarrotados em seus egoísmos, altivez, avarentos e corruptos. Porque mesmo nesse universo secreto de cada um, purga em si a sua mais profunda versão da verdade e nela está engendrado o DNA incorruptível de sua essência. E, mesmo sem a sensatez do que o mostra ele apenas difere ao outro a sua impressão do que és.
Hella busca em seu mais profundo abismo, de ilusões, de fantasias ou de realidade absoluta, traz para fora como efeito do contraste. Elimina tudo que pode atrapalhar na passagem, liberta das amarras da vida, encoraja-o a seguir mesmo que o próximo passo seja o passo decisivo, o abismo, o Duat. A espera pelo julgamento, a esperança pela viagem do sol de Oeste ao Leste, a purgação.
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