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Tudo se inicia quarenta anos antes do nascimento de Aiyra. Quando ainda seu bisavô xamã era vivo e liderava uma vila inteira de índios descendentes de aruaque.
Um coronel se muda para a vila das aldeias Baníua e se instala por acordo capitalista. A paz que reinava terminou e uma guerra entre eles começou. A resistência dos índios em lutar por suas terras transformou tudo ao redor e em cada vida que ali permanecia.
A história é ambientada na região norte do país e na era nacionalista. O país passa por várias transições sociais e políticas. Pela questão religiosa que foi um marco na trama e pela derrocada economia.
No período da crise que estourava a era romântica depressiva teve os treze generais que assinaram o documento para existir equilíbrio e idealismo na sociedade. Mas, durante e depois das crises se estabelecendo, com as máquinas avançando o retrocesso humano, as fábricas de carros aparecendo, a transformação virando realismo eles se perderam na história.
Diante de um país republicano os treze generais usaram de suas ciências para idealizar uma nação reivindicando sua legitimidade. Isso, jamais deveria ser esquecido.
Por outro lado, duas irmãs parteiras improvisaram um parto fúnebre porque a mãe morrera. E tanto o corpo da senhora Iramaia Belarte quanto da recém-nascida Aiyra tinham desaparecido.
Ainda havia faíscas sobre a questão religiosa e imediatamente pela persecução penal que regia aquela década de fogo foram presas.
Doze anos se passaram esquecidas entre os abatidos acordos numa tentativa de apresentar provas contundentes. Para a preeminência elas foram consideradas perturbadas e as intrigas alheias não passavam de pessoas desocupadas e fanáticas. Em todo o caso, pelo fato de duas pessoas estarem desaparecidas e um registro de trabalho ter sido encontrado. Elas foram soltas com o benefício da dúvida. Mas, perante as possibilidades mentais como mencionou um promotor foram conduzidas para um hospital de pesquisas. Onde, de fato ficaram reclusas mais cinco anos.
O caso é reaberto devido um documento achado por elas e o Estado pagam-nas em milhares de reis sem consentir o grave erro.
Elas se mudam para Barcelos em uma vila chamada Mariuá viver o que restou de suas vidas. E descobre o paradeiro da menina e sua tia.
Só que desta vez, todo o segredo horrível da família Belarte é revelado.
A história demarca várias passagens políticas que no Brasil foi fato. Uma mistura de realismo na ficção.
O romance baseia-se em um pouco mais de oitenta anos de história.
Um coronel se muda para a vila das aldeias Baníua e se instala por acordo capitalista. A paz que reinava terminou e uma guerra entre eles começou. A resistência dos índios em lutar por suas terras transformou tudo ao redor e em cada vida que ali permanecia.
A história é ambientada na região norte do país e na era nacionalista. O país passa por várias transições sociais e políticas. Pela questão religiosa que foi um marco na trama e pela derrocada economia.
No período da crise que estourava a era romântica depressiva teve os treze generais que assinaram o documento para existir equilíbrio e idealismo na sociedade. Mas, durante e depois das crises se estabelecendo, com as máquinas avançando o retrocesso humano, as fábricas de carros aparecendo, a transformação virando realismo eles se perderam na história.
Diante de um país republicano os treze generais usaram de suas ciências para idealizar uma nação reivindicando sua legitimidade. Isso, jamais deveria ser esquecido.
Por outro lado, duas irmãs parteiras improvisaram um parto fúnebre porque a mãe morrera. E tanto o corpo da senhora Iramaia Belarte quanto da recém-nascida Aiyra tinham desaparecido.
Ainda havia faíscas sobre a questão religiosa e imediatamente pela persecução penal que regia aquela década de fogo foram presas.
Doze anos se passaram esquecidas entre os abatidos acordos numa tentativa de apresentar provas contundentes. Para a preeminência elas foram consideradas perturbadas e as intrigas alheias não passavam de pessoas desocupadas e fanáticas. Em todo o caso, pelo fato de duas pessoas estarem desaparecidas e um registro de trabalho ter sido encontrado. Elas foram soltas com o benefício da dúvida. Mas, perante as possibilidades mentais como mencionou um promotor foram conduzidas para um hospital de pesquisas. Onde, de fato ficaram reclusas mais cinco anos.
O caso é reaberto devido um documento achado por elas e o Estado pagam-nas em milhares de reis sem consentir o grave erro.
Elas se mudam para Barcelos em uma vila chamada Mariuá viver o que restou de suas vidas. E descobre o paradeiro da menina e sua tia.
Só que desta vez, todo o segredo horrível da família Belarte é revelado.
A história demarca várias passagens políticas que no Brasil foi fato. Uma mistura de realismo na ficção.
O romance baseia-se em um pouco mais de oitenta anos de história.
Diante dos conflitos sociopolíticos e econômicos as classes nobres tinham um novo divertimento, mesmo com todo o ar desconfortante que vinha da região sulista.
O início da década de vinte tinha dado o primeiro passo na Arte da Literatura e a revista Klaxon foi a responsável em transmitir essa influência modernista abrindo as portas para um mundo mais inovador.
Aiyra, assim, como o resto do país estavam otimistas, porém, lá no fundo sabia que não estava pronta para um novo recomeço em sua vida e passar tanto tempo com o seu professor abriria portas para aquele amor infundado, indiscutível e arrebatador.
Definitivamente, o seu coração não estava em primeiro plano, mas, os seus filhos e a sua conduta.
Victor Carsan. Neto dos herdeiros Carsan que recebera uma fortuna deixado no testamento de seu avô, mantinha na cidade uma atividade cultural barrocada pela burguesia com truques de ilusionismo.
O detetive Romano estava desconfiado devido a sua fama imediata e a sua jovialidade ter como uma marca de estreia, algo que só ele poderia saber quando visitou as cenas dos crimes.
Ao ser chamado no departamento de polícia, seu inspetor o inseriu no caso RAE. Especificou que aquele caso era confidencial já que na Vila da São Francisco fora descoberto dois corpos talhados com um símbolo antigo.
No meio de uma comoção devido a carta que gerou sensacionalismo político, a carta de Artur Bernardes. Estavam eufóricos sobre quem estava usando símbolos de bruxaria em assassinatos.
O início da década de vinte tinha dado o primeiro passo na Arte da Literatura e a revista Klaxon foi a responsável em transmitir essa influência modernista abrindo as portas para um mundo mais inovador.
Aiyra, assim, como o resto do país estavam otimistas, porém, lá no fundo sabia que não estava pronta para um novo recomeço em sua vida e passar tanto tempo com o seu professor abriria portas para aquele amor infundado, indiscutível e arrebatador.
Definitivamente, o seu coração não estava em primeiro plano, mas, os seus filhos e a sua conduta.
Victor Carsan. Neto dos herdeiros Carsan que recebera uma fortuna deixado no testamento de seu avô, mantinha na cidade uma atividade cultural barrocada pela burguesia com truques de ilusionismo.
O detetive Romano estava desconfiado devido a sua fama imediata e a sua jovialidade ter como uma marca de estreia, algo que só ele poderia saber quando visitou as cenas dos crimes.
Ao ser chamado no departamento de polícia, seu inspetor o inseriu no caso RAE. Especificou que aquele caso era confidencial já que na Vila da São Francisco fora descoberto dois corpos talhados com um símbolo antigo.
No meio de uma comoção devido a carta que gerou sensacionalismo político, a carta de Artur Bernardes. Estavam eufóricos sobre quem estava usando símbolos de bruxaria em assassinatos.
Degustação - Introdução
As noites em suas cabanas eram sempre silenciosas, até uma família se instalar no final das outras cabanas. As que ficavam mais perto da margem. A vila não era muito grande e a concentração de pessoas até aquele dia permitia uma ótima organização. Depois daquela noite quieta que parecia estar dando adeus à paz de espírito e a ordem do caos. Tudo antes cercado apenas pelas águas, pelo céu estrelado pelas suas famílias e crianças.
A noite caía densa sobre os tapumes das pedras. Sobre as águas escuras. O chão de areia clara banhava-se com suas misteriosas sombras. Arrastavam-se lentamente até se esconderem abaixo das centenas de calujes que seguiam afora. Aprumados e, sobretudo, quietos.
A vida sempre fora uma festa de dia e um ensinamento à noite. O deus sol escondia seu rosto ou fechava seus olhos. Mas, deixava sua donzela e favorita senhora para brilhar a escuridão da terra. E isso, era apenas um favor dado pelos deuses.
Ao verem o rosto resplandecente do deus sol abaixar-se entre as colinas toda aquela festa do dia terminava, relutante de um dia saudável repleto de tarefas e ocupações para outro dia florescer. Sempre havia uma enorme panela de estuque ao fogo fervilhando o bom caldo para as crianças que enchiam seus dias de alegria e cantorias. Suas risadas que espalhavam pelas densas matas brincando com outros animais ou subindo as robustas árvores.
Então, a noite chegava para alimentar seus espíritos e fazer deles pessoas mais fortes para o trabalho do dia a dia.
Aquela mesma noite ouviram um grito. Uma mulher dava à luz.
O choro levou medos e incertezas para todos daquela aldeia. O homem que chegara a pouco trazia consigo uma mulher grávida. A criança tinha nascido sob a lua minguante. A lua da destruição. A que regia favores ocultos e que terminava missões inacabadas.
As noites em suas cabanas eram sempre silenciosas, até uma família se instalar no final das outras cabanas. As que ficavam mais perto da margem. A vila não era muito grande e a concentração de pessoas até aquele dia permitia uma ótima organização. Depois daquela noite quieta que parecia estar dando adeus à paz de espírito e a ordem do caos. Tudo antes cercado apenas pelas águas, pelo céu estrelado pelas suas famílias e crianças.
A noite caía densa sobre os tapumes das pedras. Sobre as águas escuras. O chão de areia clara banhava-se com suas misteriosas sombras. Arrastavam-se lentamente até se esconderem abaixo das centenas de calujes que seguiam afora. Aprumados e, sobretudo, quietos.
A vida sempre fora uma festa de dia e um ensinamento à noite. O deus sol escondia seu rosto ou fechava seus olhos. Mas, deixava sua donzela e favorita senhora para brilhar a escuridão da terra. E isso, era apenas um favor dado pelos deuses.
Ao verem o rosto resplandecente do deus sol abaixar-se entre as colinas toda aquela festa do dia terminava, relutante de um dia saudável repleto de tarefas e ocupações para outro dia florescer. Sempre havia uma enorme panela de estuque ao fogo fervilhando o bom caldo para as crianças que enchiam seus dias de alegria e cantorias. Suas risadas que espalhavam pelas densas matas brincando com outros animais ou subindo as robustas árvores.
Então, a noite chegava para alimentar seus espíritos e fazer deles pessoas mais fortes para o trabalho do dia a dia.
Aquela mesma noite ouviram um grito. Uma mulher dava à luz.
O choro levou medos e incertezas para todos daquela aldeia. O homem que chegara a pouco trazia consigo uma mulher grávida. A criança tinha nascido sob a lua minguante. A lua da destruição. A que regia favores ocultos e que terminava missões inacabadas.
Degustação - Introdução
Aiyra estava apreensiva esperando ainda que George iria aparecer pelo menos, para dizer em seu rosto olhando em seus olhos toda a verdade que descobrira. Mas, não apareceu.
Foi recepcionar o seu novo professor.
— Entre! Você é o meu professor?
— Acho que sim. — Então, é para você que darei aulas de piano?
— Sim. Mas, dois dias da semana já combinei com a minha tia que serei cuidadora para ajudar nas despesas. Temos muitas coisas para pagar com a reforma que fizemos. Se você tivesse visto esta casa antes não acreditaria no trabalho que fizeram. — Minha tia vai combinar com você o pagamento depois das festas, não se preocupe. — Está sendo bem tratado na pousada?
— Sim, como um rei.
— Então está ótimo. Entre e vamos comer. A propósito. — Feliz natal professor!
Estendendo a mão numa luva branca.
— Feliz natal!
Todos almoçaram e se estrebucharam no chão, no sofá, nos bancos, nas escadas. E, até Barlo corria com um pedaço de carne na boca amedrontado pelas crianças que queriam a qualquer custo o alcançar.
Os casais conversavam. Tara ficou chocada com o marido da filha mais nova. Não precisava ter sido voluntário sendo que tinha uma família para cuidar. A filha de Teresa era tão linda que parecia uma boneca. Todos os familiares pertenciam à família de Rosa que agora tinham a adotado para fazer parte da sua. Já que da família Muruá tinha sobrado ela e sua sobrinha. De alguma forma, dentro dela havia felicidade. Fazia muito tempo que não via tantas crianças e tantas pessoas reunidas e felizes. Lembrou-se de sua família junto de seu avô. Que saudade sentia.
Aproximou-se de Abrão.
— A comida está boa?
— Está ótima, senhora Anahí.
— Que bom. — Já conheceu Aiyra? — Sua primeira aluna?
— Sim. Já falei com ela.
— Tenho que divulgar nos folhetins a minha escola de arte para que possam me encontrar.
Aiyra estava apreensiva esperando ainda que George iria aparecer pelo menos, para dizer em seu rosto olhando em seus olhos toda a verdade que descobrira. Mas, não apareceu.
Foi recepcionar o seu novo professor.
— Entre! Você é o meu professor?
— Acho que sim. — Então, é para você que darei aulas de piano?
— Sim. Mas, dois dias da semana já combinei com a minha tia que serei cuidadora para ajudar nas despesas. Temos muitas coisas para pagar com a reforma que fizemos. Se você tivesse visto esta casa antes não acreditaria no trabalho que fizeram. — Minha tia vai combinar com você o pagamento depois das festas, não se preocupe. — Está sendo bem tratado na pousada?
— Sim, como um rei.
— Então está ótimo. Entre e vamos comer. A propósito. — Feliz natal professor!
Estendendo a mão numa luva branca.
— Feliz natal!
Todos almoçaram e se estrebucharam no chão, no sofá, nos bancos, nas escadas. E, até Barlo corria com um pedaço de carne na boca amedrontado pelas crianças que queriam a qualquer custo o alcançar.
Os casais conversavam. Tara ficou chocada com o marido da filha mais nova. Não precisava ter sido voluntário sendo que tinha uma família para cuidar. A filha de Teresa era tão linda que parecia uma boneca. Todos os familiares pertenciam à família de Rosa que agora tinham a adotado para fazer parte da sua. Já que da família Muruá tinha sobrado ela e sua sobrinha. De alguma forma, dentro dela havia felicidade. Fazia muito tempo que não via tantas crianças e tantas pessoas reunidas e felizes. Lembrou-se de sua família junto de seu avô. Que saudade sentia.
Aproximou-se de Abrão.
— A comida está boa?
— Está ótima, senhora Anahí.
— Que bom. — Já conheceu Aiyra? — Sua primeira aluna?
— Sim. Já falei com ela.
— Tenho que divulgar nos folhetins a minha escola de arte para que possam me encontrar.
A crise acentuou em todo o país, assim, como no resto do mundo. A guerra tinha terminado após a assinatura que deliberou oficialmente a paz entre nações. O armistício assegurou o tratado de harmonia e controle sobre as nações em 1918, mas, já no início da década de vinte as exportações caíam.
As pequenas indústrias que conseguiram se manter fortes após o descontrole da guerra já não se abstinha com a desvalorização da moeda e todos os setores perderam quantias exorbitantes em áreas menos favorecidas.
As indústrias que mais faturavam e que mantinham grandes corporações foram comunicadas nas colunas de notificações das imprensas. Destacando sem ambigüidade a indústria IRFM.
No início do século as indústrias reunidas já controlavam a metalurgia, a tecelagem e a produção de farinha de trigo. No entanto, estavam aptos a continuar a demanda favorável das enormes produções.
Afastada de seus afazeres sociais Aiyra mantinha o bilro em suas tarefas domésticas.
Entre as crises econômicas que se alastravam por todo o país depois de uma breve bonança de paz e regozijo. Todos repensavam sobre o final da guerra e a gripe que assolou o mundo, os entes queridos que perderam, a vida que tinha ficado em suspense, o ar de sofrimento, de angustia e inaptidão que afligiu toda a face do país. Mas, o recomeço como esperava estava surgindo.
E, a vida podia fluir novamente em cores.
As pequenas indústrias que conseguiram se manter fortes após o descontrole da guerra já não se abstinha com a desvalorização da moeda e todos os setores perderam quantias exorbitantes em áreas menos favorecidas.
As indústrias que mais faturavam e que mantinham grandes corporações foram comunicadas nas colunas de notificações das imprensas. Destacando sem ambigüidade a indústria IRFM.
No início do século as indústrias reunidas já controlavam a metalurgia, a tecelagem e a produção de farinha de trigo. No entanto, estavam aptos a continuar a demanda favorável das enormes produções.
Afastada de seus afazeres sociais Aiyra mantinha o bilro em suas tarefas domésticas.
Entre as crises econômicas que se alastravam por todo o país depois de uma breve bonança de paz e regozijo. Todos repensavam sobre o final da guerra e a gripe que assolou o mundo, os entes queridos que perderam, a vida que tinha ficado em suspense, o ar de sofrimento, de angustia e inaptidão que afligiu toda a face do país. Mas, o recomeço como esperava estava surgindo.
E, a vida podia fluir novamente em cores.
CANÇÃO DE AIYRA MURUÁ PARA O ROMANCE DE ÉPOCA.
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